São já 11 anos de parceria do Itaú com a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). Em 2020, essa relação acontece em situações especiais: como nos demais âmbitos sociais, a pandemia da covid-19 trouxe desafios ao campo cultural, impactando a criação, a circulação e o debate de todas as áreas de expressão. A literatura sofreu também esse golpe. Por isso, é decisivo que a Flip, que agita a cadeia produtiva e os leitores, consiga se realizar.
Destacamos na programação do evento a mesa Leituras e Leitores de Literatura – em “Retratos”, que propõe um debate sobre um recorte da Retratos da Leitura, pesquisa desenvolvida pelo Itaú Cultural (IC), pelo Instituto Pró-Livro e pelo Ibope Inteligência. Com base nesse panorama da leitura no Brasil, conversam, em 3 de dezembro, às 14h, a coordenadora da Retratos, Zoara Failla, e o professor de literatura brasileira João Luís Ceccantini, com mediação de Eduardo Saron, diretor do IC.
É importante destacar o papel de um trabalho como o da Retratos da Leitura. Projetar a política cultural exige entender, com métricas adequadas, como as práticas criativas se desdobram. Com essa pesquisa, editores, escritores, livreiros e outros interessados podem aprofundar sua percepção sobre quem são os leitores no país e o que necessitamos para disseminar mais esse hábito, essa paixão. Esforços nesse sentido são determinantes para o desenvolvimento social brasileiro.
Com isso em perspectiva, além da Retratos, o IC apoia a pesquisa O Brasil que Lê, um mapeamento de iniciativas de formação de leitores e mediação da leitura em território nacional. Desenvolvido junto à Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ) e à consultoria JCastilho, esse trabalho está em fase inicial, com uma plataforma para inscrição de projetos. Para saber mais e/ou inscrever seu trabalho, acesse obrasilquele.catedra.puc-rio.br.
Acompanhe as atividades do IC em literatura e outras vertentes criativas no site – itaucultural.org.br. Lá, acesse, em texto, vídeo e áudio, a riqueza da criatividade brasileira.
O Itaú Social também está apoiando a Flip Virtual 2020 e promoverá duas mesas na programação da Flip +. A primeira é a mesa Literatura e escrita de qualidade para quem?, que acontece no dia 4/12, às 14h (horário de Brasília), e abordará o acesso à leitura e literatura no Brasil, tendo em vista a oferta e seleção das obras literárias. Participam da conversa a editora Dolores Prades, diretora do Instituto Emília, que falará sobre as ideias do livro recém publicado “Somos mesmo todos censores?”, de Perry Nodelman; a escritora Neide Almeida e a bibliotecária Thaís Rodrigues, da Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias (RNBC), trazendo a perspectiva do mediador de leitura como agente da ampliação de olhares. A conversa será mediada por Angela Dannemann, superintendente do Itaú Social.
Já a segunda mesa, Literatura indígena e literatura negra para a primeira infância, acontecerá no dia 6/12, às 11h (horário de Brasília), e dará visibilidade à importância da literatura indígena e negra para a primeira infância e também para a cultura nacional. A mesa busca discutir o impacto da representação na construção dos imaginários individuais e coletivos e reforçar a necessidade das diferentes representações, sociodiversidades e pluralidades culturais. Para conversar sobre isso, são convidadas a escritora e pesquisadora Julie Dorrico, descendente da etnia macuxi e doutoranda em Teoria da Literatura no Programa de Pós-Graduação em Letras da PUC-RS e Juê Olívia, doutoranda na Faculdade de Educação da USP e pesquisadora de Infâncias, culturas negras e relações Étnico-Raciais. A mediação será realizada por Dianne Melo, coordenadora de Engajamento Social e Leitura no Itaú Social.
Além das mesas, o Itaú Social também promoveu, em parceria com a Mais Diferenças -organização especializada em promoção da educação e cultura inclusivas – um encontro virtual de formação em mediação de leitura acessível e inclusiva no dia 26/11, durante a Flipinha. A programação também contou, por meio desta parceria, com a tradução e interpretação de libras e outros recursos de acessibilidade.
Saiba mais sobre a atuação do Itaú Social no site: itausocial.org.br
O Itaú acredita que por meio da leitura a criança pode se desenvolver de diferentes maneiras e entender melhor o mundo ao seu redor. Estimulando a imaginação e criatividade, ela descobre novas possibilidades. Para ampliar o acesso a bons livros, o Programa Leia para uma Criança disponibiliza a Estante Digital, uma série de livros infantis gratuitos que cabe na bolsa, no bolso e até na palma da mão: fica dentro do celular e do computador. Assim, dá para ler para uma criança a qualquer momento e em qualquer lugar.